Necessário ter a alma entreaberta para o feio e o lúcido. Para o passo amargo e desbocado da estação chuvosa que transborda a taça de óxido e húmus, fertilização do que não se põe na sala mas que se faz necessário na biblioteca.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
BUSQUEI GALERIA PARA MOSTRA DE TRABALHOS INÉDITOS !
Necessário ter a alma entreaberta para o feio e o lúcido. Para o passo amargo e desbocado da estação chuvosa que transborda a taça de óxido e húmus, fertilização do que não se põe na sala mas que se faz necessário na biblioteca.
terça-feira, 27 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
OS OLMOS SÃO ÁRVORES
Devo admitir que talvez exista no rosto não totalmente desconhecido da experiência psicanalítica genuína da arte um desejo queimando continuamente. Como vês, não posso parar no ar o passo! Certamente necessidade ou justificativa não há para ser sensato recitando dramas Bukowskianos em séries de variações sobre a mesma mancha. A produção atual chama a atenção para o abismo. Creio mesmo que temia pela indomabilidade da carreira brilhante para a qual convinham minhas ilusões, enquanto isso, minha arte soava solene e impregnada da poesia européia do medievo. As patas trêmulas sobre a nuca do demônio em fuga e, em seguida, a textura cada vez mais experimental. A cor fugidia e esmaecida que contrapõe-se á luz desinteressante da composição. Dedos vagos e amedrontados tateando o conceito de que as folhas caem sobre o que independe de ser pensado pelo arteófito. A academia inexiste. A autodidática inexiste. A arte inexiste em toda a sua imperfeição, mas imperfeição é o cerne da busca assim como o desequilíbrio é a espinha dorsal de toda dança. Os olmos são árvores, azuis turquezas, brancas, ocres e vermelhas. Há uma espécie de alívio personificando o indiscutível. A arte está pálida e gorda. Anorética e carbonizada. Uma assombração erotizada a quem convêm suportar o peso encravado da transformação árida e berrar estorvo aos pseudointelectuais. Acho que meu olhar de açougueiro nunca a viu tão bela !
Selistre
Selistre
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
- Você demorou...entre !
Quis, poeta, cantar a última carne sob a terra, sua fúria pálida e fria. Sua avêssa melancolia. Poucas eram as trevas no coração dos guzanjos entrando e saindo de tuas sagradas catedrais, no saque desejado de tuas preces insones.
Pintor, cobri-te de carmin mais pútrido, reptilizei a estética e ristes do celeste efeito alcançado.
T.O.C.
Quantas vezes nos corre no sangue as raízes gêmeas daquela mandrágora malchamada vida, fugidia e coroada de neblina. Quantas mãos tatearam o sol como sustento, e fizeram, e cozeram amarelos e brancos sob sinos de crepúsculos remotos tão somente para não beber em silêncio. Meu ego combate num bosque de molhadas folhas a solidão do meio-dia e tinge de fogo a boca da mais densa treva, ainda buscando a cor selvagem, como fosse criado a sangue e céu, a cantiga e ventos rubros.
Ouvir SATOLEP
Provinciana satolep mística, que lambe a prata doce das cantinas, sonho meu sonho como fosses mãe da própria melancolia.Parir o filho que já nasce antigo,por trazer o tempo no olhar, por parecer pisar ferida aberta em tua áspera geografia. Vitor me lembra um saturno errante, voluntário e vertiginoso vôo aos recifes de uma missão por demais alheia a este tempo e lugar. Espírito que se cumpre na bruma habitada e sussurrante com o discreto porém titânico virtuosismo, característico das velhas almas.
"benvenutti" à botega do Selistre
Este é um laboratório,uma cozinha,uma oficina de criação.
Todas as pinturas ou desenhos que eu publico aqui são executados pelas minhas mãos .
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